GranIHC, Ocyan e Sisnergy vencem megalicitação da Petrobras

Plataforma semi-submersível P-20

A GranIHC, Ocyan e a Sisnergy fecharão contratos com a Petrobras para contratação dos serviços de manutenção e integridade de 19 plataformas da Bacia de Campos. O negócio é fruto da megalicitação da petroleira, desmembrada em quatro lotes, cujo valor total soma R$ 1,97 bilhão. A assinatura dos contratos deve ocorrer ainda nesta semana.

GranIHC ficará responsável por dois contratos, assegurando os lotes 1 e 4, os maiores da licitação, enquanto a Ocyan levará o pacote 2 após uma reviravolta marcada pela desclassificação de outros dois participantes. A Sisnergy, empresa do grupo francês Vinci Energies, arrematará o contrato do lote 3.

Segundo apuração do PetróleoHoje, a Petrobras já aprovou internamente a contratação das três empresas. Existe ainda a possibilidade de que os contratos possam ser assinados na terça-feira (30/11). A previsão de início da execução dos serviços está prevista para dezembro.

Juntos, os dois pacotes da GranIHC responderão por 60% do valor total do negócio da Petrobras, com a cifra de R$ 1,2 bilhão. O contrato do lote 1 será firmado por R$ 621,26 milhões, ante o montante de R$ 579,25 milhões do lote 4.

O serviço do lote 1 será direcionado às plataformas P-18, P-19, P20, P-35, P-43, P-47, P-48, P-61 e P-63. Já o escopo do lote 4 será aberto, sem pré-fixar nenhuma unidade.

No caso da GranIHC, futuramente, parte do escopo do lote 1 será desdobrado para a 3R Petroleum, já que as plataformas P-61 e P-63 estão localizadas no campo de Papa-Terra, ativo que já foi vendido para a petroleira de médio porte. 

Já o contrato da Sisnergy será fechado por R$ 592,25 milhões. Direcionado ao lote 3, o serviço contemplará atividades na P-38, P-40, P-51, P-53 e P-56.

O contrato do lote 2 com Ocyan será assinado por R$ 184,72 milhões. O trabalho contemplará serviços nas unidades P-9, P-26, P-32, P-33 e P-37.

A vitória da Ocyan no lote 2 foi assegurada após a Petrobras não habilitar a Multiplos Estaleiros do Brasil e a Petrojato Manutenção, empresas que apresentaram os dois melhores lances. A GranIHC teve também a terceira melhor oferta do leilão, mas acabou desclassificada pelas regas do edital, que permitia que cada empresa arrematasse no máximo dois lotes.

Os contratos terão prazo de três anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois anos. O prazo de mobilização será de 90 dias, a contar da data de assinatura dos contratos.

Os contratos envolverão serviços de manutenção corrente, parada de produção, apoio à operação e outros serviços. A estimativa é que os quatro negócios mobilizem cerca de 2 mil trabalhadores, operando com dedicação exclusiva.

A licitação foi realizada sob o modelo de leilão reverso, atraindo grande número de empresas. Entre os grupos que participaram estavam a  Ocyan, Heftos, CRS, Múltiplos Estaleiros, Mota-Gil, WM Manutenção e Reparos, Método Engenharia, AAS Júnior e Engeman. O lote mais disputado do processo foi o 3, que atraiu 18 companhias.

As unidades envolvidas nos quatro contratos estão instaladas nos campos de Marlim Sul, Marlim Leste, Marlim, Viola, Barracuda-Caratinga, Papa-Terra e Corvina. Aglumas plataformas dos projeto integram o programa de descomissionamento da Petrobras.

Os contratos de manutenção e integridade dos lotes 1, 2 e 3 são formatados sob o modelo de construção e montagem, no qual as equipes das empresas vencedoras ficarão embarcadas nas próprias unidades listadas no escopo. Já no lote 4, a campanha envolverá a utilização de um flotel da frota da Petrobras.

As propostas comerciais da licitação vinham sendo analisadas pela Petrobras desde maio. O bid foi lançado há cerca de um ano.

Fonte: PetroleoHoje

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