A Petrobras adquiriu a participação da BP e Petrogal nos blocos POT-M-853 e POT-M-855, em águas profundas da Bacia Potiguar. A transação foi publicada pelo Cade no Diário Oficial da União de terça-feira (14/9), marcando uma das etapas da análise de atos de concentração pelo conselho.
Apresentada ao Cade no último dia 9, a operação prevê cessão das parcelas de 20% da Petrogal e 40% da BP na concessão BM-POT-17 à estatal. A área foi arrematada na 7ª Rodada de Licitações da ANP, em 2005, pela empresa do grupo Galp e Petrobras, com 20% e 80% de participação respectivamente. Em 2015, a BP adquiriu metade da parcela da estatal.
Em documento enviado ao conselho, as petroleiras informam que a operação está de acordo com o modelo de negócios da Petrobras, “sendo parte do processo de gestão de portfólio da companhia, com priorização de investimentos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra profundas”. Segundo elas, o processo permite que a BP e Petrogal direcionem capital a projetos “mais alinhados com seus respectivos planos de negócios”.
O período exploratório dos blocos se encerra em maio de 2023. A Petrobras já perfurou dois poços na área POT-M-855, em 2013 e 2015 respectivamente, sendo que o poço pioneiro encontrou nova jazida de petróleo, com indícios de óleo médio de 24º API. O poço pioneiro foi chamado de Pitu e é objeto de Plano de Avaliação da Descoberta.
A concessão BM-POT-17 abrangia mais um bloco – POT-M-665, onde está localizada a descoberta de Tango –, devolvido à ANP no final de 2020.
No ano passado, a Galp sinalizou que pretendia sair de concessões na Bacia Potiguar, onde registrara a maior parte dos impairments (baixa contábil) de exploração reconhecidos no segundo trimestre de 2020.
Fonte: Petróleo Hoje